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sexta-feira, 8 de maio de 2009

MINHA MÃE (póstuma)

Quando me escrevias, com letras rotas,
Outrora lindas e bem formadas
Como do orvalho, formosas gotas
Qual pétalas de rosas, bem perfumadas

Quando me escrevias, filhinho dizias
Com amor profundo e cristalino
Que me lembravam dias felizes...
De quando eu era ainda menino

Lembro-me sim, minha mãe querida,
Quantas lágrimas por mim derramastes
Com elas perfumastes a minha vida
Com elas tapetastes a minha estrada

No teu caminho, colhestes rosas e espinhos
E com bravura o teu sacerdócio honraste,
Te ofereço, rosas brancas e cor de vinho
Para enfeitar a tua tumba abençoada.

Por Rosinaldo Corrêa

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