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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

MINHA MÃE (PÓSTUMA)

Quando me escrevias, com letras rotas,


Outrora lindas e bem formadas

Como do orvalho, formosas gotas

Qual pétalas de rosas, bem perfumadas



Quando me escrevias, filhinho dizias

Com amor profundo e cristalino

Que me lembravam dias felizes...

De quando eu era ainda menino



Lembro-me sim, minha mãe querida,

Quantas lágrimas por mim derramastes

Com elas perfumastes a minha vida

Com elas tapetastes a minha estrada



No teu caminho, colhestes rosas e espinhos

E com bravura o teu sacerdócio honraste,

Te ofereço, rosas brancas e cor de vinho

Para enfeitar a tua tumba abençoada.



Por Rosinaldo Corrêa

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