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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

"QUE BENEFÍCIO A SOJA TROUXE PARA BELTERRA?" Perguntou Conselheiro

Na exposição dos trabalhos de grupos, no dia 17 de janeiro, alguns membros dos Conselhos Distritais, questionaram os efeitos dos "sojeiros" no Município de Belterra e região.De posse de um informativo produzido pela ong FASE AMAZONIA, intitulado "ALDEIA", cada grupo compostos por membros dos Conselhos Distritais, explorava um tema diferente, e um dos que chamou a atenção, foi o artigo intitulado "TRAGÉDIA: SOJA REGISTRA UMA DÉCADA DE DESTRUIÇÃO NA REGIÃO OESTE DO PARÁ", de autoria de José Carlos Matos Pereira (Sociólogo, Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - PPCIS/UERJ), o referido artigo cita que "Cerca de 70% das 473 quadras dos antigos seringais do Projeto Ford, no Município de Belterra, que inclui a cidadee o entorno, já foram ocupadas por produtores de soja. Situações observadas durante o trabalho de campo e por informações de moradores indicam: 1) A facilitação da entrada da soja por meio de "comissão" dada a antigos gestores públicos, 2) a fragilidade da fiscalização e controle de órgãos federais, visto que, sobre a guarda deles estão grande parte das terras municipais; 3) a sedução das famílias para a venda da terra, por meio de dinheiro ou troca por carros e motos, mas também por mecanismos de pressão.Em Santarém, lideranças sindicais foram ameaçadas de morte, uma delas, vive há vários anos sob proteção policial; e 4) a multiplicação de doênças respiratórias em adultos e crianças, mau cheiro e moscas que invadem as residências. Relata-se ainda, o desmatamento, a mudança de clima, a perda de produtividade das frutas e a morte de animais, como, galinha e porco, por exemplo. Os produtores de mel reclamam da morte de enxames de abelha". Ouvidos pela FASE, alguns entrevistados apresentam os produtores de soja como os reponsáveis pelo desmatamento na cidade e pela mudança do clima: "gaúchos" e "sojeiros" são os termos usados para denominá-los. Embora existam produtores de soja paranaenses, matogrossenses, catarinenses, é GAÚCHO o termo de classificação dos moradores da cidade para os "de fora". Após a pergunta de um Conselheiro, da região do Tapajós, abriu-se um debate, e muitos disseram que não houve vantagens e somente desvantagens para a região, outros defenderam que há belterrenses empregados nas fazendas dos produtores, ganhando salários razoáveis e sustentando suas famílias, e que o momento agora é de tentar uma convivência solidária com as diferentes culturas existentes em Belterra. Mas o Conselheiro, disse que não responderam sua simples pergunta.

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