Na exposição dos trabalhos de grupos, no dia 17 de janeiro, alguns membros dos Conselhos Distritais, questionaram os efeitos dos "sojeiros" no Município de Belterra e região.De posse de um informativo produzido pela ong FASE AMAZONIA, intitulado "ALDEIA", cada grupo compostos por membros dos Conselhos Distritais, explorava um tema diferente, e um dos que chamou a atenção, foi o artigo intitulado "TRAGÉDIA: SOJA REGISTRA UMA DÉCADA DE DESTRUIÇÃO NA REGIÃO OESTE DO PARÁ", de autoria de José Carlos Matos Pereira (Sociólogo, Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - PPCIS/UERJ), o referido artigo cita que "Cerca de 70% das 473 quadras dos antigos seringais do Projeto Ford, no Município de Belterra, que inclui a cidadee o entorno, já foram ocupadas por produtores de soja. Situações observadas durante o trabalho de campo e por informações de moradores indicam: 1) A facilitação da entrada da soja por meio de "comissão" dada a antigos gestores públicos, 2) a fragilidade da fiscalização e controle de órgãos federais, visto que, sobre a guarda deles estão grande parte das terras municipais; 3) a sedução das famílias para a venda da terra, por meio de dinheiro ou troca por carros e motos, mas também por mecanismos de pressão.Em Santarém, lideranças sindicais foram ameaçadas de morte, uma delas, vive há vários anos sob proteção policial; e 4) a multiplicação de doênças respiratórias em adultos e crianças, mau cheiro e moscas que invadem as residências. Relata-se ainda, o desmatamento, a mudança de clima, a perda de produtividade das frutas e a morte de animais, como, galinha e porco, por exemplo. Os produtores de mel reclamam da morte de enxames de abelha". Ouvidos pela FASE, alguns entrevistados apresentam os produtores de soja como os reponsáveis pelo desmatamento na cidade e pela mudança do clima: "gaúchos" e "sojeiros" são os termos usados para denominá-los. Embora existam produtores de soja paranaenses, matogrossenses, catarinenses, é GAÚCHO o termo de classificação dos moradores da cidade para os "de fora". Após a pergunta de um Conselheiro, da região do Tapajós, abriu-se um debate, e muitos disseram que não houve vantagens e somente desvantagens para a região, outros defenderam que há belterrenses empregados nas fazendas dos produtores, ganhando salários razoáveis e sustentando suas famílias, e que o momento agora é de tentar uma convivência solidária com as diferentes culturas existentes em Belterra. Mas o Conselheiro, disse que não responderam sua simples pergunta.
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